História

A Escola Básica de 1º Ciclo com Jardim de Infância Maria Barroso foi inaugurada em 2 de maio de 2017, iniciando o seu funcionamento no ano letivo 2017/2018.

Instalada em parte do edifício do antigo Tribunal da Boa-Hora, a reabilitação e adaptação do edifício pela Arquiteta Ana Lúcia Barbosa ganhou o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana em 2018. Durante os trabalhos de reabilitação, foram descobertos vários vestígios arqueológicos, incluindo parte da Muralha Fernandina, que podem ser parcialmente vistos debaixo dos nossos pés no átrio da entrada.

Na página do Agrupamento Passos Manuel encontra-se uma visita virtual à escola. 


De Convento a Tribunal... e de Tribunal a Escola


No local onde hoje se situa a escola, existiu um teatro público - o "Pátio das Comédias", construído durante a dinastia filipina. Em 1633, foi aí construído um convento, que albergou várias ordens religiosas. Com o terramoto de 1755, o edifício do convento ruiu e teve de ser reconstruído. Em 1834 foram extintas as ordens religiosas e o edifício, durante algum tempo, serviu de quartel.

Em 1843, no reinado de D. Maria II e sendo Costa Cabral ministro da Justiça, foi transformado em tribunal. Em 1945, durante o Estado Novo, passou a funcionar ali o "Tribunal Plenário de Lisboa", criado para julgar os opositores do regime, considerados "criminosos políticos". Com a revolução de 25 de abril, o "Tribunal Plenário" foi abolido e o edifício ficou a funcionar como tribunal criminal, até à sua transferência para o novo Campus da Justiça em 2009.

Em 2011, o edifício passou a pertencer à Câmara Municipal de Lisboa que, no ano seguinte, vendeu a maior parte ao Ministério da Justiça e decidiu instalar na parte restante um jardim de infância e uma escola do 1º ciclo do ensino básico. 


Quem foi Maria Barroso?

Primeira-dama de Portugal, exerceu um papel relevante na política, na cultura, no ensino e na defesa dos mais desfavorecidos.

Maria de Jesus Simões Barroso nasceu na Fuseta (Algarve), no dia 2 de maio de 1925. Ainda criança, mudou-se com a família para Lisboa. Desde muito nova se interessou pelo teatro e pela arte de dizer poesia, tendo completado o curso de Arte Dramática no Conservatório Nacional em 1943. Também estudou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas em 1951. Foi atriz de teatro e de cinema. Foi professora de arte dramática, mas o governo da ditadura proibiu-a de exercer a docência.

Em 1949, casou-se com Mário Soares, por procuração, por ele se encontrar preso, por motivos políticos, na cadeia do Aljube. Em 1968, acompanhou o marido quando este foi deportado para a ilha de São Tomé. Quando Mário Soares se exilou em Paris, regressou a Portugal, continuando a sua atividade política. Em 1969, foi candidata a deputada pela CEUD (Comissão Eleitoral de Unidade Democrática), movimento de oposição ao governo de Marcello Caetano. Em 1973, participou, na Alemanha, na reunião em que foi fundado o Partido Socialista e, em Aveiro, no Congresso da Oposição Democrática. Depois da revolução de 25 de abril de 1974, foi Deputada entre 1976 e 1985. 

Maria Barroso dedicou-se também ao ensino, dirigindo o Colégio Moderno, e empenhou-se em várias causas sociais em prol dos mais desfavorecidos. Em 1986, o marido, Mário Soares, foi eleito Presidente da República, cargo que exerceu até 1996, pelo que Maria Barroso foi, nesse período, primeira-dama de Portugal. De 1997 até 2003 foi presidente da Cruz Vermelha Portuguesa. Foi agraciada com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade (1997). Morreu com 90 anos de idade, no dia 7 de julho de 2015.

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